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domingo, dezembro 04, 2005 

Palavra.


Palavra lá é pessoa, com cheiro... gosto e desgosto. Pessoa tem presença e ausência, palavra também. Palavra tem sentidos. Pessoa... sentidos sente.
Palavra... Descansa num banco.
Lança-se ao vento, dentro de garrafa. Sussurra-se ao ouvido, dentro do corpo.
Escreve-se numa folha, numa árvore, na areia da praia, no saibro dos caminhos, numa pedra-fraga-vaga.
Desenha-se, insinua-se, é alta... quando gritada ouve-se... é baixa se murmurada?
Palavra toca, dança e foge para debaixo da língua, há e é. E não é e não há e é...ah.
Palavra toca à porta, é ninguém, corre, dói, no momento, no refrão, no assento, na alma, no chão.
E é ou não é... sonhadora, mastigadora, amassadora, odiada, indiferente? Será porque conta, percorre garganta, liquidificada, oxigenada, bombeada, invisível...sai pelas mãos... pelos olhos, pelos poros?
É talvez do contra ou a favor, é palavra sim, palavra não, tem alma gémea, descendentes ou ascendentes. Tem cores (palavra de honra) amores, dores?
E ofusca, incendeia, perde o juízo, ganha o Norte, segue a estrela? Alguém pode lê-la, fotografá-la, comê-la?
Palavra. Acalma.
Nem sempre palavra chora ou vai embora.
Palavra à frente ou atrás,
palavra é capaz.
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Hoje há de novo tempo para Fora das Mãos.

Bem-vinda! Às palavras todas! Por todas as palavras!

Isto sem dor de cabeça, é como um doce para os sentidos! Lindo de Morrer!

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