Está um pai Natal no meu ambiente de trabalho, desde o mês de Novembro.
Hoje abri-o, olhei para ele, silencioso e imóvel, semi-nu, com cores acastanhadas, sob a prata vermelha e branca e sorri.
Sei quem deixou esse marco natalício no meu computador. É das pessoas mais importantes na minha vida. Nada de título nem de grau de parentesco para designar esse ser que deixou um pai Natal no meu computador! Teria que inventar um novo nome, até porque há nomes que ditos alto me soam a música que desafina... e se é certo que os desafinados também têm um coração...
Partilhámos muitas escolhas e confidências. Agora, pelas naturais contingências da vida, que nos vive e que nós pensamos viver, o nosso tempo não permite que partilhemos as pequenas coisas do quotidiano, que fazem e desfazem as vidas. Mas tenho pena, não há telemóvel nem email que seja fidedigno depositário de conversas, apesar de serem pequenas maravilhas para circular no tempo e no espaço.
Claro que tenho saudades de soltar o riso e dizer milhares de disparates, no meio de quotidianos muito sérios e contidos, de ouvir, de falar, de estar em silêncio e sentir-me bem, com esse ser de quem tenho muitas saudades.
E a prenda que lhe quero oferecer? É uma trapalhada...a poucos dias do Natal, falta-me um golpe de asa para terminá-la e estou em apuros. Sei que não deveria preocupar-me, no meio de tantos presentes que receberá não dará por nada, mas não consigo uma alternativa que me satisfaça.
Hoje abri-o, olhei para ele, silencioso e imóvel, semi-nu, com cores acastanhadas, sob a prata vermelha e branca e sorri.
Sei quem deixou esse marco natalício no meu computador. É das pessoas mais importantes na minha vida. Nada de título nem de grau de parentesco para designar esse ser que deixou um pai Natal no meu computador! Teria que inventar um novo nome, até porque há nomes que ditos alto me soam a música que desafina... e se é certo que os desafinados também têm um coração...
Partilhámos muitas escolhas e confidências. Agora, pelas naturais contingências da vida, que nos vive e que nós pensamos viver, o nosso tempo não permite que partilhemos as pequenas coisas do quotidiano, que fazem e desfazem as vidas. Mas tenho pena, não há telemóvel nem email que seja fidedigno depositário de conversas, apesar de serem pequenas maravilhas para circular no tempo e no espaço.
Claro que tenho saudades de soltar o riso e dizer milhares de disparates, no meio de quotidianos muito sérios e contidos, de ouvir, de falar, de estar em silêncio e sentir-me bem, com esse ser de quem tenho muitas saudades.
E a prenda que lhe quero oferecer? É uma trapalhada...a poucos dias do Natal, falta-me um golpe de asa para terminá-la e estou em apuros. Sei que não deveria preocupar-me, no meio de tantos presentes que receberá não dará por nada, mas não consigo uma alternativa que me satisfaça.
O ser que deixou um Pai Natal no teu computador diz:
- o tempo permite, sim, que continuem a partilhar as coisas do quotidiano; quando não as pequenas, todas as grandes; as que fazem, as que desfazem e sobretudo as que refazem as vidas;
- tem saudades de algum passado, mas tem, sobretudo, orgulho de continuar presente - no presente;
- no meio de tantos presentes não dará por nada? Devias saber que dá por tudo; porque adora presentes; os grandes, os pequenos, os visíveis e os silenciosos; os de toda a gente. E os teus.
- também és das pessoas mais importantes da sua vida.
Posted by Anónimo | 9:51 da manhã
Qual é o presente?
Posted by Anónimo | 7:51 da tarde
C. pois que si... dizes que o tempo permite, falas no presente... a comunicação é algo de misterioso, já Merleau-Ponty falava "d'une troisième oreille qui saisit les messages du dehors à travers la rumeur qu'ils soulèvent en nous"... pois que si...
Posted by Fora Das Mãos | 9:41 da tarde