Paris, 17 de Fevereiro de 1903
Caro senhor:
A sua carta chegou-me apenas há alguns dias.
Quero agradecer-lhe pela sua grande e estimada confiança. Pouco mais posso fazer. Não posso debruçar-me sobre o carácter dos seus versos, pois não tenho a veleidade de emitir qualquer juízo de valor. Nada é menos capaz de apreender uma obra de arte do que as palavras críticas: quase sempre resultam daí mal-entendidos mais ou menos felizes. Nem sempre as coisas são tão compreensíveis ou dizíveis como muitas vezes nos querem fazer crer; a maioria dos acontecimentos são inexprimíveis, atingem a sua plenitude num espaço em que nunca nenhuma palavra penetrou, e os mais inexprimíveis de todos são as obras de arte, seres secretos cuja vida permanece depois da nossa se extinguir(...)
excerto de carta de Virginia Woolf a Rainer Maria Rilke (publicado por Relógio D'Água)
Não era mal pensado que certos críticos lessem este seu post.
Beijinhos.
Posted by melga meiguinha | 4:14 da tarde
Wolf e Rilke, que dois! Maravilhosos, fantásticos, uma ela e um ele irrepetíveis, únicos. E, como diz Melguinha, pena os pseudo críticos não lerem Virgínia...
Já estou menos dodói, espero conseguir manter o ritmo das visitas a partir de agora. Muitos beijinhos e semana feliz
Posted by 125_azul | 9:13 da tarde
Pois é melguinha, não era mau não...bj
125_azul, também gosto desses dois génios é engraçado ler a correspondência que trocaram. Mas ainda bem que está melhor e de volta, fico feliz :)
Posted by Fora Das Mãos | 12:15 da manhã