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quarta-feira, janeiro 25, 2006 

Contra factos não há argumentos?

...os computadores avariam-se, as relações acabam e as pessoas morrem.

Fiquei feliz por conseguir reproduzir a afirmação acima citada, ouvida num episódio de O Sexo e a Cidade. Nos últimos tempos a minha memória anda a funcionar como um computador avariado.
Só sei que nada sei, perante cenários gradualmente tão graves. Não posso é deixar de achar a progressão da frase genial... começa-se pelo computador e sua avaria passa-se a algo de muito maior: o fim de uma relação e termina-se com o fim da vida, pessoalmente fiquei agarrada à frase.
A força desta enumeração de situações plausíveis e até mesmo bastante frequentes nas nossas vidas não é de menosprezar. Qualquer destas circunstâncias vem interromper uma espécie de ordem estabelecida e pode provocar um caos.
Digam-me o que quiserem, do caos nasce a ordem, após a tempestade vem a bonança, que... e que... Certo é que o fim de algo, à partida construído com prazer, é duro de aceitar. Aceitamos o fim do dia... pois no dia seguinte outro dia renasce; aceitamos dormir, com a perspectiva de voltar a acordar. Mas lá que há situações e ausências difíceis de aceitar e superar há.
Não posso deixar de pensar na forma como reagimos perante a vida e suas situações, parece-me determinada pela força interior e a segurança sentidas (que ao longo dos anos não são sempre as mesmas), por sua vez condicionadas por inúmeros factores.
Podemos sempre parafrasear e dizer também: os computadores consertam-se ou substituem-se, as relações refazem-se e /ou constroem-se e as pessoas nascem. Ou apenas dizermos que tudo é relativo.
...Continuo a não saber como reage alguém que investiu todo seu trabalho num computador e vê este ficar inutilizado...
... ou se outro alguém relativizará uma avaria grave na sua máquina de lavar, no seu carro, no seu sei lá qualquer-coisa-que-tem-por-perto! Com sorte talvez pense: ora bolas este precalço é mau mas não é assim tão grave! Provavelmente sentir-se-á mesmo invadido por uma súbita empatia, ao saber que aconteceu a outros que não ele, achando tratar-se de uma situação reversível, banal e muito menos importante.
...Não sei, quem questionar uma relação, seja ela amorosa ou outra, partindo do princípio que não vive num morro isolado e tem uma vida afectiva, sexual, social activa tremerá... perante a possibilidade do fim da mesma? Se tremer de tristeza talvez se sinta muito mais perdido do que perante a avaria do seu computador, sentirá uma grande confusão... terá amigos para trocar umas ideias sobre o assunto... ou fechar-se-á em copas?
Quanto à perspectiva da morte... aceitar-se-á, talvez, como algo de inevitável. No entanto, o percurso a fazer, somente para aceitar, pode ser muito tortuoso. Aceita-se mais facilmente a vida.
Quem passa por uma ou várias destas situações... força para agarrar e aceitar a vida, boa enquanto durar; se o seu mundo for composto de mudança, já agora, que seja com um computador a funcionar melhor, numa relação feliz e com a vida recheada a gosto.
Não era nada disto que pretendia escrever, mas vou, já, já, no futuro mais próximo (dentro de cinco minutos) ler Sangue Romano, de Steven Saylor... cuja história decorre na antiga Roma e é uma história de mistério e suspense...

... os livros são óptimas companhias e sempre cheiram!!! e como é bom o cheiro dos livros!

BJ :)

Geralmente é muito bom. E um bom sobre perfumes... é O Perfume. bj:)

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