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domingo, fevereiro 19, 2006 

As palavras continuam a ecoar algures num espaço da memória e apetece escrevê-las.
Talvez a escrita dos últimos dias se trate de um efeito de déjà vu um pouco insuportável.
Hoje é já quase amanhã, a chuva lavou a estrada, apagou as marcas dos passos e dos percursos realizados, fazendo os sucessos e os fracassos parecerem fantasmas de pássaros que levantaram voo dos beirais.
Há na tentativa de juntar palavras um grito retraído. Não é a azáfama das mãos que o dispersa, não é o corpo que o derrama. Será o silêncio que o esconde.
Parece existir no reencontro de sons uma substância vagamente familiar. Ela permanece na impossibilidade de contar toda a história, porque se reconhece um trajecto e se trilham novos caminhos.
O conhecimento aparece contido num tear de possibilidades, acorda-se e volta-se a dormir dias a fio... porque a saída guarda uma incógnita que adia decisões e faz tremer de frio a alma.
Todo o trabalho de casa foi feito pelas (e nas) pontas dos dedos. Estas despedem-se, agora, nuas e sem calosidades, só porque longe estão os tempos em que a mão esquerda martirizava o braço de uma guitarra, enquanto a direita se ocupava a dedilhar as confusas cordas.
Afinal a garganta que persistia em deixar sair o redemoinho de palavras é a mesma que hoje sussurrou as palavras de ontem e teima em guardar um silêncio magoado.

Olá
Adorei ti ler! Voltarei aqui para deixa-te um comentário com mais tempo!
Beijos

Viva

Tens andando distante. Vem até à casa da vizinha.

Eu faço um café muito bom...

C_mim... café não posso, vê post seguinte:(

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