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sexta-feira, fevereiro 03, 2006 

Se hoje pudesse navegar no Tempo, estaria longe, certamente num dos momentos mais felizes da minha vida, com o céu como horizonte, o mar a convidar-me e, sobretudo, com as palavras e a presença amiga de quem me ensinou a nadar sem medo por perto.
Se pensar bem, tudo continua a existir, numa outra forma, com as devidas alterações nas paisagens física e humana e há amores que duram enquanto vivermos e serão eternos. Não é a ausência do amor que me dói hoje, é a ausência da presença. Não seremos seres físicos? Sem o toque, sem o olhar, sem a voz, sem o cheiro, sem recorrermos aos sentidos o corpo subsiste mas ressente-se. Sim o cérebro controla, a memória armazena e permite refazer junções. Se a saudade fosse exclusivamente portuguesa, quantos portugueses existiriam? Não é a nacionalidade que determina o que sentimos, será vida nas suas passagem, construção e desconstrução.
Mas a memória é um bicho selectivo e voraz e os seres humanos não são perenes: são frágeis. São-no pela sua condição humana, pela determinação que os pequenos detalhes aceites ao longo dos anos lhes proporciona. E é com espanto que se acolhem as grandes notícias, na ignorância das incessantes contribuições que permitem o eclodir de um coração.
Vou continuar a navegar no Tempo, para o que se aproxima a passos largos. Que horizonte, que mar, que presenças/ausências amigas lá estarão? As que a vida proporcionar e as que a memória guardar. Claro que nós damos uns empurrões à vida e de certa forma tentamos conduzi-la, mesmo se muitos factores são difíceis de alterar. Na minha memória hoje está o mar, muitas flores... e está o carinho do meu pai.

Há um comentário a este post em http://simtristeza.blogspot.com
Beijos

Mude a côr das letras porque não se vê nada! Obrigada pela visita!

Fizeste-me lembrar o meu, que memória doce e feliz !!! muita cor, muitos risos, muito carinho...
que saudades

:)

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