Talvez por ter diante de mim uma parede pintada de creme, que para uns é amarelo torrado, para outros apenas parede, lembrei-me deste poema que gosto , porque me faz percorrer locais que são do meu agrado...como o da foto...
Entrei no café com um rio na algibeira
e pu-lo no chão,
a vê-lo correr
da imaginação...
A seguir, tirei do bolso do colete
nuvens e estrelas
e estendi um tapete
de flores
a concebê-las.
Depois, encostado à mesa,
tirei da boca um pássaro a cantar
e enfeitei com ele a Natureza
das árvores em torno
a cheirarem ao luar
que eu imagino.
E agora aqui estou a ouvir
A melodia sem contorno
Deste acaso de existir
-onde só procuro a Beleza
para me iludir
dum destino.
José Gomes Ferreira
para uns é amarelo-torrado, para outros é só parede... e poeta és tu
Posted by 125_azul | 8:34 da manhã
Quero acreditar que a poesia está tb. na interacção entre o que olhamos e o nosso olhar. Quando estamos muito cansados ou não conseguimos seguir o olhar da poesia...ou então sorrimos-lhe...
Posted by Fora Das Mãos | 8:24 da tarde
Hhaaammmaaaa... Ode se arranja a bejeca e o petisco?
Posted by C_mim | 9:44 da tarde
O petisco e devido acompanhamento arranja-se em Lisboa, ainda, com alguma facilidade. Há os bons, os menos bons, os muito bons, os excelentes e os não-comestíveis.
Posted by Fora Das Mãos | 11:09 da tarde