Ontem foi mais um 25 de Abril. Um Avril au Portugal pós 74 e inacreditavelmente ninguém perguntou: onde estava em 74? Mas digo ai digo pois. -Estava no Alentejo onde as notícias chegaram depressa, o dia estava bonito e o ar repleto de cheiros que aguçavam o apetite. É tudo o que me lembro, o resto aprendi com quem me ensinou, ao longo dos anos, tendo a palavra liberdade em relevo.
Hoje o dia esteve radioso, o Sol e o ar convidavam os passantes a prolongarem a sua estadia fora de casa.
- Mas estive dentro de casa pois... tomei a liberdade de passar o dia a trabalhar numa ocupação que exigiu um esforço físico acrescido (tipo as chamadas de valor acrescentado). Como tenho dificuldade em trabalhar lentamente, passadas algumas horas tenho que admitir que exagerei, uma vez que sinto todos os ossos das minhas costas, estas parecem ter sofrido um abalo sísmico. Vou recorrer ao livro das plantas para encontrar uma solução para tamanhas maleitas. Deverei procurar as ervas com propriedades curativas, depois preparar o remédio certo? Que trabalheira, com um pouco de sorte, quando a mezinha estiver concluída, já não necessitarei de nada. Um pouco de optimismo é também um muito bom remédio. E por aqui me fico.