Hoje estou melhor mas a coragem para escrever tem faltado, também porque sinto tristeza perante o rol de desgraças que se agitam entre nós.
Estive algum tempo sem consultar notícias e espanto meu parece que cresceram as surpresas pouco agradáveis em Portugal. O que leio, observo e vejo agudizar-se neste País assusta pelas proporções que pode tomar, não me refiro ao défice orçamental, mas às relações humanas.
Quero acreditar que melhores tempos virão, no optimismo, que o mundo é feito de mudança e de confiança. Mas que futuro será o deste País (e, consequentemente, o nosso) quando seres bem pensantes, perante a fragilidade e os direitos humanos de outros seres, apenas demonstram violência, xenofobia, homofobia, desajustamento, falta de civismo e repetem comportamentos inaceitáveis que vão até ao extremo de provocar a morte da Gisberta no Porto, porque sim... porque agiram impulsivamente... porque não pensam?
Esta morte poderia ocorrer ao lado das nossas casas e com alguém nosso conhecido, a violência não seria maior, apenas seria sentida de mais perto e - talvez- estivéssemos mais alertados para a sua existência.
Vem de trás o não pensar. Os adultos, antigos jovens que multiplicaram crimes violentos sobre jovens, casapianos ou outros, não terão pensado? E o nosso lento sistema judicial pensa tanto tanto que emperra, não em todos os casos, mas em muitos, pelo peso da burocracia e sabe lá por mais o quê, se calhar porque não se pensa em agir de outro modo.
Ou a sociedade avança a um ritmo maior do que a humanidade ou alguém continua a não pensar como se anda a criar a nossa actual sociedade.
Há uns dias na rua, perto de um Multibanco, dois jovens ameaçaram uma amiga e roubaram-lhe o telemóvel, são jovens, não pensaram? Acreditem que me fizeram pensar e muito.
Recuemos dois meses, os assaltos não param e têm formas sofisticadas, um meu vizinho entra no meu sistema Wireless e abusa alegremente durante dois meses do meu sistema, apenas o tempo de eu perceber que há quem não se incomode por usar redes alheias. Será por ser um jovem... que não pensou? Nem comento...
Felizmente inúmeros jovens são pessoas maravilhosas, convém não generalizar, nem no mau, nem no bom. Porém, admitamos que o tentar extorquir o mais possível a outrem seja algo que se banalizou.
Recuemos... há um ano o carpinteiro que contratei não era jovem e desapareceu sem realizar o trabalho pelo qual fora pago era velho não pensou? Nem comento...
O pior é que dentro e fora de Portugal há histórias bombásticas e histórias de todos os dias que são desconhecidas, no que têm de bom e de mau. Se as bombas não param, se a liberdade de expressão continua pelas horas da amargura e pior se a manipulação de informação e a não informação continua a proliferar neste nosso canto à beira-mar plantado como vão agir os que não pensam e como modificarão o pensamento os que têm que repensar?
Afinal quem não pensa é quem continua a acreditar que pode confiar nos outros, quem está no sítio errado no momento errado, apenas porque estão lá outras pessoas que não pensam... Não é por nada mas o que andei a ler deu-me que pensar, embora eu hoje apenas gostasse de me sentir melhor, ouvir o som da chuva e não pensar...
Estive algum tempo sem consultar notícias e espanto meu parece que cresceram as surpresas pouco agradáveis em Portugal. O que leio, observo e vejo agudizar-se neste País assusta pelas proporções que pode tomar, não me refiro ao défice orçamental, mas às relações humanas.
Quero acreditar que melhores tempos virão, no optimismo, que o mundo é feito de mudança e de confiança. Mas que futuro será o deste País (e, consequentemente, o nosso) quando seres bem pensantes, perante a fragilidade e os direitos humanos de outros seres, apenas demonstram violência, xenofobia, homofobia, desajustamento, falta de civismo e repetem comportamentos inaceitáveis que vão até ao extremo de provocar a morte da Gisberta no Porto, porque sim... porque agiram impulsivamente... porque não pensam?
Esta morte poderia ocorrer ao lado das nossas casas e com alguém nosso conhecido, a violência não seria maior, apenas seria sentida de mais perto e - talvez- estivéssemos mais alertados para a sua existência.
Vem de trás o não pensar. Os adultos, antigos jovens que multiplicaram crimes violentos sobre jovens, casapianos ou outros, não terão pensado? E o nosso lento sistema judicial pensa tanto tanto que emperra, não em todos os casos, mas em muitos, pelo peso da burocracia e sabe lá por mais o quê, se calhar porque não se pensa em agir de outro modo.
Ou a sociedade avança a um ritmo maior do que a humanidade ou alguém continua a não pensar como se anda a criar a nossa actual sociedade.
Há uns dias na rua, perto de um Multibanco, dois jovens ameaçaram uma amiga e roubaram-lhe o telemóvel, são jovens, não pensaram? Acreditem que me fizeram pensar e muito.
Recuemos dois meses, os assaltos não param e têm formas sofisticadas, um meu vizinho entra no meu sistema Wireless e abusa alegremente durante dois meses do meu sistema, apenas o tempo de eu perceber que há quem não se incomode por usar redes alheias. Será por ser um jovem... que não pensou? Nem comento...
Felizmente inúmeros jovens são pessoas maravilhosas, convém não generalizar, nem no mau, nem no bom. Porém, admitamos que o tentar extorquir o mais possível a outrem seja algo que se banalizou.
Recuemos... há um ano o carpinteiro que contratei não era jovem e desapareceu sem realizar o trabalho pelo qual fora pago era velho não pensou? Nem comento...
O pior é que dentro e fora de Portugal há histórias bombásticas e histórias de todos os dias que são desconhecidas, no que têm de bom e de mau. Se as bombas não param, se a liberdade de expressão continua pelas horas da amargura e pior se a manipulação de informação e a não informação continua a proliferar neste nosso canto à beira-mar plantado como vão agir os que não pensam e como modificarão o pensamento os que têm que repensar?
Afinal quem não pensa é quem continua a acreditar que pode confiar nos outros, quem está no sítio errado no momento errado, apenas porque estão lá outras pessoas que não pensam... Não é por nada mas o que andei a ler deu-me que pensar, embora eu hoje apenas gostasse de me sentir melhor, ouvir o som da chuva e não pensar...