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terça-feira, agosto 01, 2006 

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“Avec le temps tout s’en va(…) »

mas... na memória armazenamos detalhes que resistem aos dias que passam por nós (sem ser no Rossio).
A primeira vez que li a palavra dislate, lembro-me dos risos que provocou em quatro mais ou menos jovens estudantes... Mais ou menos era o que não pensávamos ser, porque tínhamos o som das gargalhadas para aquecer o pensamento.
Agora há pensamentos que vagueiam por praias distantes onde Os barões assinalados já não declamam versos, chegou o tempo de cantar em palcos gigantes, mesmo se o cheiro delicia os sentidos e não disfarça as notas falsas (que traem um treino de estúdio com recurso a tecnologia de ponta). O que interessa não é a música, não é o local, nem a perfeição, nem nunca interessou. Importa sim querer estar ali, partilhar os pequenos gestos e o inesperado que o espectáculo proporciona. You are my sister(...), ou Se eu fosse um dia(...)?
Tudo passa, sobretudo se nos esquecermos de estar presentes, de vivermos os pequenos gestos com alegria no olhar, de ouvirmos e voltarmos a ouvir... e de nunca termos tempo para o que nunca necessitou de hora marcada.
Ironicamente foi preciso Tempo e ausência para compreender que a saudade não é nem nunca será um caminho percorrido apenas por alguns eleitos... e isso nunca serviu de consolação a ninguém... sobretudo quando os dias se assemelham cada vez mais a pequenas partículas que se esgueiram por entre os dedos.

Dias como partículas que se esgueiram entre os dedos... que preenchem imaginários povoados de solidão. Verdade é que passam cada vez mais apressados! Beijinho, que a partícula de hoje seja feliz!

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